Boa notícia para os fãs do 3D: O Rei Leão reestreia nos cinemas, no Brasil, no dia 26, em 3D. Agora, não só o épico da animação que mistura Hamlet, histórias bíblicas e mitos africanos vai (re)emocionar mas também “saltar aos olhos” das novas plateias.
É sabido que os que pensam que uma boa história como a saga do leãozinho Simba, produzida em 2D, prescinde de grandes “pulos do gato 3D” para continuar emocionando as novas gerações perguntam: por que (re)lançar Rei Leão em 3D?
Há várias respostas. Mas a visita a Disney”s Animation Research Library (ARL), em Glendale, pacato distrito de Los Angeles, na Califórnia, ajuda a responder. Espécie de QG da Disney, onde estão guardadas relíquias como o primeiro rascunho de clássicos como Alice no País das Maravilhas, de Bela Adormecida, maquetes de Fantasia e, claro, os tesouros de O Rei Leão, levanta uma segunda pergunta: por que privar novas gerações de ver na tela grandes clássicos como o primeiro filme da Disney que combina perfeitamente a técnica artesanal do 2D com a computação gráfica, no cinema, e em 3D seria uma pena.
Há razões de mercado para alcançar um novo público? Sim. Há também o fato de que era a forma mais fácil de começar a resgatar o acervo Disney e transferi-lo para 3D. “Como O Rei Leão foi finalizado em computação gráfica, o processo técnico da conversão para 3D era o mais rápido e fácil.”
No entanto, conversar com “o Simba”, o “Pumbaa”, o “pai do leãozinho” sobre a febre do 3D foi também esclarecedor. Em visita do Estado à ARL, Pumbaa (o animador Tony Bancroft), Simba (Mark Hen) e um dos pais do Rei Leão (o diretor Robert Minkoff, que assinou o filme com Roger Allers) não só explicaram como “a geração 2D” recebia o furacão 3D como também afirmaram: “Claro que temos ressalvas com a onda 3D, e mais ainda com a da computação gráfica. Somos artesãos. Para nós, ainda é estranho o fato de que uma animação possa ser produzida sem que alguém tenha posto a mão. Mas também adoramos a ideia de ver nossos “filhotes” saltando da tela”.
De fato, Simba, Mufasa, Scar, Nala continuam impecáveis. Na sessão da noite anterior à visita à ARL, a plateia que lotou o Mann Chinese Theatre aprovou. Os fãs de menos de 30 anos também: “Já era bom em 2D e melhorou”. Bancroft, Hen e Minkoff concordaram: “3D é o assunto da moda, mas é o futuro. A ideia inicial era lançar O Rei Leão só em 3D, para homevideo. Só que funcionou tanto que resolvemos lançar nos cinemas. Daqui uns anos, as pessoas assistirão até a telejornal em 3D. Esta sim é a grande novidade”, contou Minkoff. “Cada vez mais, clássicos da Disney serão transferidos para 3D, especialmente para homevideo. Já estamos trabalhando em A Bela e a Fera.”
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